segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Bem aventurada a mulher que luta.


A que ama.

A que se entrega.

A que transpõe suas barreiras.

A que passa pelas adversidades com seu brio corajoso.

A que se reergue.

A que mesmo com todos os ventos contrários insiste em sobreviver.

A que apedrejada se levanta.

A que busca justiça.

A que mesmo desprovida de tantos privilégios ocupa seu espaço.

A que lançada ao fogo, arde.

A que das cinzas renasce.




Poesia às mulheres que lutam.

A poesia também mora na força de uma mulher que tenta emergir das ruinas de um amor devastador.

Na força daquela mulher que cheia de imperfeições luta todos os dias pra sobreviver.

Naquela outra mulher que abandonada ainda tem que cuidar de si e dos seus.

Na outra que não nasceu repleta de privilégios e ainda levanta todos os dias para não morrer de fome e nem deixar os seus.

Na outra que nem nasceu bonita, nem inteligente, nem em berço de ouro e ocupa os espaços que se propõe a ocupar.

Naquela que tem a cor que luta pela não discriminação e ergue a cabeça todos os dias mesmo com todos os ventos contrários.

A poesia é dessas mulheres devastadas, sem berço, sem onde se apoiar, que contam com seu sangue, suor, lágrimas e instinto de sobrevivência pra ter direito a ocupar os espaços que a outras já é garantido. 



terça-feira, 9 de junho de 2020

Em tempos de pandemia, onde a morte nos ronda a todo momento, eu escolho morrer de amor.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

O amor começa e termina nas palavras: começa na abundância e termina na ausência. 

Hilda Hilst ❤

No amor quanto mais se cobra menos se ganha.

Será possível ver alguma beleza na desintegração do amor?
Ver o outro distante, se afastando, preferindo o silêncio,  desconversando, indo dormir sem te tocar, acordando e saindo da cama rapidamente pra te evitar...
Já não há mais eu te amo, os lábios e as mãos já não te procuram mais, as palavras se tornam amargas e depois ausentes. Resta o silêncio. 
As noites são longas, a solidão imensa.
No amor quanto mais se cobra menos se ganha.
Como diz Carpinejar "o amor nunca morre de causa natural".
Ele escorre por entre os dedos e se esvai. 
Maravilhoso seria se os dois fossem pontuais no amar e desamar, mas não são. Resta a lembrança do que um dia foi chama e hoje é pó, como já dizia Hilda Hilst.